quarta-feira, 19 de maio de 2010

É Normal Ser Gay?!


Por PhenixBear

Muitas pessoas estão abandonando os guetos e invadindo os shoppings. Este fato demonstra a tendência de comportamento de uma parcela da comunidade homossexual que deseja integrar-se na sociedade e não mais guetificar-se. A iniciativa surgiu no Shopping Metrô Tatuapé, São Paulo, mas outros shoppings estão sendo ocupados. Os eventos têmshopping a característica, segundo seus próprios promotores, de serem encontros informais, apenas com data e hora marcada.
Algumas figuras de destaque dentro da comunidade GLBTS, estão estupefatas com tais eventos e outras chegam a arriscar que sejam "mero-fogo-de-palha-com-esvaziamento-previsível". Analisando bem de perto, nota-se que os encontros em si não possuem qualquer conotação política panfletária e sequer desejam demonstrar nada, são sumariamente compostos por indivíduos que desejam estar com seus iguais dentro de um espaço público. Isso por si, na ótica de muitos, acaba se tornando uma postura política mais eficiente que dezenas de palavras de ordem, pois efetivamente gera a integração dentro de espaços anteriormente ocupados apenas pelos heterossexuais, indo muito além da mera visibilidade buscada por muitas iniciativas por abordar a integração.
A tendência de tais encontros como ocupação de espaços sociais não-guetificados pode ser detectada nos grandes centros urbanos do Brasil. A mercadoexemplo de São Paulo, podemos comentar o Mercado Extra, próximo à Avenida Paulista, onde no período noturno se pode constatar a presença de dezenas de casais e indivíduos homossexuais, de modo discreto, fazendo suas compras, tal qual nos bares e restaurantes das regiões centrais e jardins de São Paulo, onde a presença GLBTS é uma constante e são respeitados sem a necessidade do uso da força das leis que garantem direitos. Outro exemplo é a atual tentativa de concentrar os integrantes da comunidade que trabalhem no centro de São Paulo para almoços de confraternização. No Rio de Janeiro, a iniciativa Festa de Arromba que conseguem reunir em media 4000 participantes em eventos mensais diurnos feitos em uma chácara.
A aceitação dos GLBTS, aparentemente esta sendo facilitada pelos casais e indivíduos discretos que evitam demonstrações públicas como beijos ardentes, bolinações e malhos, ou seja, seguem o exemplo de casais heterossexuais quanto ao recato que deve ser apresentado publicamente. Em contrapartida, os que têm um comportamento mais caricato e próximo aos estereótipos escandalosos, vendidos pelas mídias, geram por vezes situações constrangedoras e continuam sendo alvos de repúdio por parte da sociedade e cada vez mais por parte de uma parcela significante da comunidade GLBTS.
Tais situações estão fazendo com que seja questionado se certos aspectos chamados de homofobia são na verdade reais ou gerados por indivíduos que não sabem se comportar socialmente por desejarem ser o centro das atenções. Como demonstrativo de tais dados nota-se as consultas que alguns grupos de defesa dos direitos dos GLBTS têm recebido. Exemplo: um casal de gays, que foi flagrado mantendo relações em um parque público por policiais que solicitaram que se retirassem do local, tentaram apelar a um organismo de defesa dos direitos GLBT, alegando serem vítimas de homofobia. A entidade recusou-se atender à solicitação.
É chegada a hora de todos da comunidade GLBT saber que têm direitos e cidadania, mas também deveres. Como parte de tais deveres deve-se dintegracaoiferenciar o que é um comportamento público adequado de outro que alguns de nossos integrantes promovem nos liberalismos extremos dos guetos. Não podemos tachar de homofobia o repúdio justo a comportamentos socialmente inconvenientes que resvalem ao atentado ao pudor para atender a demandaque alguns poucos que visam chocar, aparecer, agredir, etc. A massa da comunidade GLB busca hoje a integração.
É normal ser gay?! A resposta é sim, se soubermos que o fato de ser gay não libera ninguém de seguir leis e comportamentos socialmente aceitáveis.

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