Violência Doméstica contra LGBTs
Abuso de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros
Gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros também sofrem abuso doméstico, assim como as mulheres heterossexuais, mas existem poucas instituições que dão apoio e/ou aconselhamento.
Apesar de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros(LGBTs) também sofrem com os abusos domésticos, a realidade de violência no relacionamento é raramente discutida. LGBTs relutam em procurar ajuda da polícia por medo do tratamento, que, na maioria esmagadora das vezes, é preconceituoso. Além disso, muitos são incapazes de voltar para suas famílias ou amigos por falta de apoio, já que eles não estão em conformidade com o "padrão" de sexualidade imposto pela sociedade. Isso pode deixar os LGBTs, que sofrem de violência doméstica, especialmente isolados e em especial risco de sofrer novos abusos.
De um modo geral o abuso é semelhante aquele experimentado por mulheres heterossexuais: bullying emocional, agressão física, ameaças a vítima ou a outros entes queridos, isolamento social, controle das finanças e ciúme extremo. Há fatores adicionais que podem estar presentes na violência contra LGBTs por seus parceiros e que, não são encontrados em relações heterossexuais. O abusador pode ameaçar revelar a orientação sexual da vítima para amigos, familiares, comunidades religiosas, co-trabalhadores, e outros. Sendo a vítima HIV+, existe também a possibilidade, do agressor ameaçar tornar pública essa condição, ou dificultar e impossibilitar o acesso ao tratamento. O abusador pode usar o fato de muitos LGBTs não terem apoio, seja de sua família e/ou de seus amigos como argumento para pressionar, tornando ainda mais frágil a situação da vítima.
Pode ser muito difícil para um LGBT, vítima de violência doméstica, procurar ajuda. Simplesmente ele pode não querer ou não poder revelar a sua sexualidade para a polícia, ou outras organizações. Isso graças a homofobia e transfobia, presentes nas sociedades modernas. Os LGBTs vítimas de violência de seus parceiros podem estar preocupados também, em não dar aos relacionamentos homossexuais, uma "má fama", já que existe uma visão, em geral deturpada, dessas relações. Sendo assim, se recusam a falar sobre o abuso que estão sofrendo.
Geralmente quando as pessoas procuram ajuda, a polícia e outras agências abordam a situação como uma briga entre dois homens ou duas mulheres, ao invés de um típico caso de violência doméstica. Culpa da falta de informação e de uma maior abordagem do tema.
Apesar das agências de apoio da polícia nem sempre entenderem a dinâmica da violência doméstica contra LGBTs, existem organizações que podem ajudar. A maioria das organizações que dão apoio a mulheres, apoiará todas as mulheres em situação de violência doméstica, independentemente da sua sexualidade, ou pelo menos, é isso que se espera. Há organizações nos E.U.A e no Reino Unido que dão apoio a homens que são vítimas de violência doméstica, muito diferente da nossa realidade, mas enfim, vale como informação. Mesmo assim, existem muitas ONGs que dão apoio aos LGBTs, provavelmente nessas instituições há de se encontrar algum tipo de orientação para esses casos.
Continuar em um relacionamento emocional e fisicamente violento, pode ser extremamente perigoso. É importante tentar obter ajuda e fazer um plano para deixar o parceiro abusivo, obviamente, da maneira mais segura possível.
Se você estiver enfrentando esse tipo de violência, não sofra em silêncio. Entre em contato com uma organização local de mulheres ou um centro de ajuda da comunidade LGBT, e procure por algum tipo de aconselhamento sobre suas opções. Ninguém merece abusos e violência em um relacionamento. Diga não a violência!
Divulgar é uma ótima arma contra o preconceito
Fonte Nossos Tons